Nas últimas semanas, o Rio Grande do Sul enfrentou graves enchentes que afetaram profundamente a infraestrutura do estado, incluindo o Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre, que precisou ser temporariamente fechado. Com previsão de reabertura apenas para o final do ano, autoridades locais e estaduais têm buscado alternativas viáveis para mitigar os impactos causados pela interrupção das operações aéreas no principal terminal gaúcho.
Aeroporto de Torres
Logo o Aeroporto Regional de Torres emergiu como uma possibilidade concreta para se tornar uma alternativa temporária ao Salgado Filho. Localizado na Estrada do Mar (ERS-389), o Aeroporto de Torres passou por uma vistoria técnica na manhã desta quarta-feira, 12 de junho, liderada pelo prefeito Carlos Souza e pelo secretário de Turismo, Dérick Machado. O objetivo da análise foi avaliar a infraestrutura existente e sua capacidade para receber aeronaves de maior porte.
A inspeção foi conduzida pelo Departamento Aeroportuário da Secretaria de Logística e Transportes, com a presença do diretor do DAP, Marcelo Canossa, e representantes da Fraport, empresa responsável pela administração de aeroportos internacionais como o Salgado Filho. Também participou da vistoria Mário Antônio Carlette de Assis, administrador do Aeroporto de Torres.
Para avançar nas discussões sobre a viabilidade do Aeroporto de Torres como alternativa temporária, está prevista uma nova avaliação com a presença do Secretário Nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo, Milton Zuanazzi, agendada para esta sexta-feira. A visita contará com técnicos da ANAC, Infraero e Ministério do Turismo, visando aferir as condições do aeroporto para operações comerciais.
O prefeito Carlos Souza enfatizou que, diante dos desafios causados pelo fechamento do Salgado Filho, há um movimento crescente no Litoral Norte gaúcho para restabelecer voos comerciais na região. Além de potencializar o turismo local, a possível ampliação da pista do Aeroporto de Torres para 3.000 metros, mediante área já desapropriada, representa um diferencial importante para viabilizar essa alternativa aeroviária.
Assim, a vistoria técnica e as próximas etapas de avaliação são passos fundamentais para determinar se o Aeroporto Regional de Torres poderá efetivamente suprir temporariamente as demandas de voos comerciais enquanto o Salgado Filho se recupera das consequências das enchentes no Rio Grande do Sul.